UR Delver no pauper.

Torneio Ultra Pauper da Playground e do que NÃO jogar.

Fala, galera. Robson Silveira aqui, e vim falar um pouco do torneio Ultra Pauper, que ocorreu na Playground, contando com a presença de 14 participantes, tendo corte para top 4 e eu fiquei em quinto, por conta dos Tiebrakers.

O top4 foi totalmente diversificado, contando com um Bogles, um Monoblack, um Monoblue e um UB control, sendo a final entre Bogles e Monoblack, terminando com o Monoblack campeão.

A premiação foi uma grande quantidade de playsets de cartas Staple do formato, como Delver, Gurmag Angler, Rancor, Lightning Bolt. O objetivo era colocar mais cartas no field de Salvador, para popularizar o Pauper, formato que eu mais tenho gostado de jogar, tanto IRL quanto no Magic Online.

Na minha opinião, o torneio foi um sucesso, e participarei de todos os que ocorrerem nesse mesmo esquema.

Certo, e do que eu joguei?

Acabei jogando com um deck que tem feito excelentes resultados no Magic Online, mas as coisas não saíram muito bem. Optei jogar com um UR Delver. Segue a lista:

MAIN DECK

4x Delver of Secrets

4x Faerie Miscreant

4x Spellstutter Sprite

4x Ninja of the Deep Hours

3x Augur of Bolas

3x Brainstorm

1x Dispel

4x Lightning Bolt

3x Ponder

2x Preordain

4x Counterspell

2x Daze

2x Thunderous Wrath

2x Gush

2 Ash Barrens

4x Evolving Wilds

9x Ilhas

3x Montanhas

SIDEBOARD

2x Electrickery

2x Gorilla Shaman

3x Pyroblast

2x Hydroblast

2x Relic of Progenitus

2x Stormbound Geist

2x Piracy Charm

O deck, como dito, tem tido ótimos resultados no Magic Online, mas com uma pequenina diferença: estão usando terrenos nevados e Skred. Eu optei por, devido a três razões, jogar sem os Skreds. São elas:

- Não tenho os Skred

- Não tenho as ilhas nevadas

- Não tenho as montanhas nevadas

E aí que foi meu erro! Fui seduzido pela ideia de milagrar o Rojão (Thunderous Wrath) via Brainstorms, Ponder e Preordain, uma vez que 5 de dano por 1 mana é muito eficiente, e a possibilidade de devolver pro topo caso compre em um momento que não possa usar a carta torna tudo muito mais divertido.

Só que eu fiz uma lista sem bounces. Ou seja, sem o Skred, uma remoção absurdamente eficiente, que pode causar 3, 5 de dano com muita facilidade, como mágica instantânea, eu simplesmente não tinha como lidar com as criaturas que o oponente fazia, exceto pelos Raios. Se fosse uma criatura de defesa 4, como é o caso dos Spire Golems que me almoçaram em uma "mirror", uma vez que eu simplesmente não tinha como tirá-los da mesa, eu deveria ter colocado ao menos um par de Vapor Snag na minha lista.

O Rojão se mostrou bem menos eficiente do que eu esperava que fosse, causando apenas um efeito psicológico no oponente, como é comum nas mágicas com Milagre.

O plano de jogo parece bem melhor no papel do que aconteceu nas minhas partidas: Fazer Delver, flipar ele, dar uma ou duas counters, Ninja, finalizar com Raio na cara, e em meio a tudo isso, comprar várias cartas com os cantrips de deck e manipular o topo.

Joguei contra Monoblue, UB, Kuldota Boros e RW Tokens. Terminei com 2 vitórias e 1 empate, tendo sido a derrota contra o Monoblue. Os Ninjas não bateram mais do que uma vez cada, pois o oponente sempre tinha alguma criatura que podia bloqueá-los e trocar ou travar e eu não tinha remoção suficiente no deck para abrir caminho. Outro ponto que me prejudicou muito foi ter dado miss várias vezes com os Augur of Bolas, tendo baixado 11 ao longo do torneio e, em 7 dessas vezes, não ter conseguido encontrar nenhuma mágica com ele.

O ponto positivo do deck é justamente a sensação de confiança que você tem nele. Você compra cartas demais, controla demais o topo do seu deck, filtrando bastante suas cartas ruins. Podendo embaralhar com as Evolving Wilds e Ash Barrens, você conserta o problema do deck em sua versão Monoblue, que é quando um Brainstorm lhe dá 3 lands, ou você só quer uma das cartas que você vê com um Ponder.

Além disso, ter acesso a Pyroblast, Gorilla Shaman e Electrickery também ajuda a resolver cartas que lhe são problemáticas nas versões sem vermelho, como Tokens e artefatos, em especial os terrenos-artefatos do Kuldotha Boros e do Affinity.

E no fim, o que eu achei do deck? O deck é bom, mas NÃO DÁ para jogar sem os Skred. Não tem como você segurar o jogo o suficiente com apenas 4 Raios de remoção e sem bounces. Continua sendo um deck bom para investir, uma vez que várias das cartas ou você já tem, por jogarem em outros formatos, ou você vai acabar precisando delas em algum momento, para jogar em outros decks. Brainstorm, Raio, Delver, Daze, Counterspell são staples de todos os formatos em que são válidas. Se você já tem essas cartas, o restante do deck é bem barato. Se não tem, é um deck ótimo para usar como porta de entrada no Pauper e aproveitar as cartas para outros decks.

O deck tem um custo total, partindo do zero, usando a cotação do site da Playground, de          R$ 308,04 (trezentos e oito reais). O grosso desse custo é de Delver, Raio, Daze e os Blasts do Side. Essas cartas somam 124 reais do custo do deck. Levando em consideração que é um deck bom, de um formato que praticamente não tem banimentos e os decks tendem a ter uma expectativa de vida bastante longa, juntamente com o fato de que quase todas as cartas do deck tem uma demanda alta, o que facilita muito passá-las adiante em trocas ou vender caso desista do deck, o preço é bem honesto. Claro que a demanda alta pelas cartas vai lhe dar um pouco de trabalho a mais na hora de montar o deck, o que vai ser compensado em uma eventual hora de trocá-las.

Particularmente, não vou voltar a jogar tão cedo com o deck, pelo menos até encontrar todas as cartas que preciso para ele. Até lá, vou jogar com a versão Monoblue, com os meus amados Spire Golem, o melhor alvo para carregar um Lasca-Ossos.

Qualquer dúvida, sugestão, só deixar um comentário!

Valeu galera e boa sorte nos jogos!