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    Fala galera, tudo beleza?

     

    Como alguns de vocês sabem, no mês de maio estive em Nashville (Estados Unidos) para competir no Pro Tour Amonkhet. Com um pouco de atraso venho por meio deste contar um pouco como foi a viagem e minha experiência no primeiro Pro Tour.

     

    Inicialmente eu gostaria de deixar claro que esse Pro Tour foi diferente de todos os outros e caso a tia Wizards resolva manter o padrão, os próximos Pro Tours seguirão esse estilo. Mas e qual é a diferença, Foca? Pois bem, o que acontece é que a partir desse Pro Tour a nova edição é lançada no Magic Online logo depois do seu pré-lançamento. Portanto, os jogadores foram para esse Pro Tour com uma leitura do metagame e com os arquétipos do Draft muito mais bem definidos.

     

    Devido a essa alteração, tivemos uma semana de testes e treinos no Magic Online até o primeiro grande torneio com a nova edição já no Standard, sendo que nesse meio tempo – mais precisamente 1 dia após o lançamento da edição online – o banimento do Felidar Guardian e a minha decepção, pois o banimento extinguiu o deck que eu vinha jogando e que já estava projetando jogar o torneio. Portanto, o primeiro torneio grande ocorreu no StarCityGames – SCG Atlanta Open, onde o top8 foi composto de 5 Mardu Vehicles, 1 WR Humans, 1 BG Delirium e 1 Monoblack Aggro, mas que contou com alguns arquétipos bem interessantes na forma de Zombies, as variações do Marvel e as variações do UR Control.

     

    Para o Pro Tour eu me planejei para treinar em três semanas, onde seriam separadas da seguinte forma: 1 semana para Draft no Magic Online, 1 semana para Standard revisando os artigos, jogando Magic Online e os torneios locais e a última semana de forma mista e mais definida para definir as coisas. Durante a primeira semana eu não obtive muitos resultados expressivos e acabei fazendo somente um 3-0 em uma liga competitiva no MOL e alguns 2-1 de consolação. Até então tinham poucos artigos na internet sobre Draft e acabei reunindo as informações de acordo com os testes, ficando evidente que o vermelho e branco (RW) era a melhor combinação do draft e que o verde possuía o maior poder bruto. Conforme dito no meu artigo anterior sobre o pré-lançamento, a edição se resumia bastante nas bombas que você poderia conseguir para o seu deck. Abaixo está o deck que eu fiz 3-0 no MOL.

     

     

    Mas e quanto ao Standard? Tudo estava uma bagunça. Eu tinha gostado inicialmente do Monoblack Zombies - que curiosamente acabou levando o Pro Tour – e do Jeskai Control. Fiz alguns testes, mas não me dei bem com ambos. Acabei sem definir nada sobre o Standard e também consegui me enrolar com algumas coisas no trabalho. Portanto, o que era pra ser três semanas de treino acabou se tornando duas semanas de dúvidas, me fazendo recorrer a alguns jogadores afim de saber qual era a boa para o torneio.

     

    Durante o voo para Nashville eu assisti alguns jogos do Atlanta Open que baixei no meu celular e que julguei importantes e também dei uma lida em alguns artigos mais recentes da StarCityGames e Channel Fireball torcendo para que algo se iluminasse no meio do caminho. Depois de uma viagem desgastante e devidamente acomodado no hotel, abri o notebook para mexer no mol e encher o saco de alguém afim de uma lista definir um deck. Acabei pegando uma lista do Mardu Vehicles com o Lix0, jogador brasileiro profissional e muito gente boa. Vendi algumas coisas que sobraram de valor do 4c Copy Cat e peguei alguns tickets emprestados com Puff (Obrigado Puff!!!) para montar o deck que estava custando malditos 300 tickets!!!1111!1!!

     

    Na quinta-feira fui conhecer a cidade pela manhã e durante a tarde fui me registrar no evento. Chegando lá, abro a porta e me “esbarro” com dois membros da equipe Puzzle Quest, Paul Rietzl e Andrew Cuneo. Nesse exato momento eu parei para me situar onde eu estava. A ficha começou a cair e o frio na espinha começou a aparecer. Depois de alguns minutos de fila e devidamente registrado, voltei para o hotel para testar o Mardu e submeter a lista até as 23h59.

     

     

    Já eram umas 19h quando comecei a liga e os jogos se prologaram mais do que esperado para uma lista agressiva. Acabei fazendo 5-0 e quando me dei conta já eram quase 23h30. Portanto, devido a falta de confiança nos outros decks, pois o Zombies me parecia frágil, o Marvel era loteria e eu não estava muito inclinado para jogar mirror de Control, acabei listando as seguintes 75 cartas.

     

    Jogador
    PlayGround

     

     

    Terminei de listar o deck e aproveitei para jogar outra liga competitiva conseguindo mais um bom resultado. Nesse momento estava exausto devido ao passeio pela manhã e o resto do dia, mas sem sono nenhum e com frio na barriga, como costumo ficar sempre antes de algum campeonato grande. Já eram quase 03h00 e resolvi deitar para dormir.

     

    Acordei umas 07h00, tomei um café mesmo sem fome, pois sabia que ia ficar o dia todo me alimentando mal e fui para o Music Center. Chegando lá me reuni com o restante dos brasileiros e ficamos batendo papo até sair o primeiro draft pod. 

     

     

    Minha mesa tinha 2 pro-players, o brasileiro PV e o Chapman, o qual acabei enfrentando no Round 1.

     

    Falando um pouco sobre o draft, meu 1st pick foi um Fan Bearer e logo depois um Stir the Sands. Abri um Regal Caracal no Pack 2 e uma Oketra the True veio em algum “late pick” do Pack 3. No final eu tinha uma base sólida BW, mas resolvi fazer um splash para Glyph Keeper e Lay Claim por serem cartas absolutamente fortes e uma ainda podendo ser reciclada. Acredito que se eu tivesse mantido o deck BW eu teria um resultado melhor. Não irei descrever as partidas, pois não me lembro minunciosamente os detalhes de cada, mas abaixo segue os resultados:

     

     

    Round 1: vs Sim, Chapman. 1-2 (BR Aggro)

    Round 2: vs Kawaguchi, Tetsu. 1-2 (UG Nissa Ramp)

    Round 3: vs Catton, Rob. 2-1 (UW Fliers)

     

    Ao término dos rounds de draft fui informado por um juiz que eu teria cerca de 50 minutos para almoçar, pois minha partida acabou antes do final da rodada. Fui a um restaurante mexicano em frente ao Music Center, mas a comida que eu pedi acabou levando muito tempo para ficar pronta. 

     

    Saí de lá correndo, pois faltava cerca de 5 minutos para o lançamento da primeira rodada de Standard. Nesse momento algo engraçado aconteceu. Eu olhei que estava na mesa 123 e fui diretamente para lá onde meu oponente já estava sentado. Logo depois chegou o Luis Salvatto dizendo que estava naquela mesa. Nós dissemos a ele que estávamos naquela mesa e ele foi re-verificar a mesa. De fato ele estava lá e eu estava na mesa errada, pois o slip não tinha meu nome. Comuniquei imediatamente ao juiz o que aconteceu e ele me instruiu a olhar minha mesa e ir para lá. Quando verifiquei a mesa eu estava na 122. Voltei correndo, sentei e vi um Josh Utter-Leyton com a cara fechadíssima. Ao me sentar ele ergueu o braço chamando o juiz e eu achei que iria tomar alguma punição, mas foi só para comunicar que eu tinha aparecido e ganhamos alguns minutos extras. Devido a toda essa confusão eu acabei perdendo o foco e joguei uma partida terrível contra um deck que era bom contra o meu, o Zombies, sendo massacrado em um 2-1.

     

    Nessa hora eu estava 1-3 e precisava fazer no mínimo 4-4 para avançar ao segundo dia. Acabei jogando contra um Koreano super gente boa e que estava de Temur Marvel. Por sorte não tomei Ulamog the Ceaseless Hunger no turno 4 e consegui ganhar a partida. Em seguida perdi novamente para o Zombies, mas dessa vez a versão com branco pilotada por Donald Smith (Top 8 Pro Tour Aether Revolt).

     

    No Round 7 eu encarei novamente um Zombies e fui ao desespero, pois caso perdesse amargaria um 2-5 bem indigesto. Para a minha sorte, acabei abrindo as mãos injustas do Mardu e meu oponente nada pôde fazer em 2 jogos a 1.

     

    No Round 8 era tudo ou nada. Ao ir para a mesa encontrei o Max McVety (Campeão de Invitational da StarCityGames e ótimo jogador). Ele estava de Temur Marvel e fez Ulamog no turno 4 durante o jogo 1. Ganhei o jogo 2 apertadíssimo e o jogo 3 ele mulligou a 5 e zicou em 2 terrenos. Ele acabou com a cara fechada de irritação, mas como um bom jogador me desejou sorte no dia seguinte. 4-4 e here we go!

     

     

    Round 4: vs Utter-Leyton, Josh. 1-2 (Monoblack Zombies)

    Round 5: vs Kim, Chahng Kyum. 2-1 (Temur Marvel)

    Round 6: vs Smith, Donald. 0-2 (BW Zombies)

    Round 7: vs Timmeler, Kye. 2-1 (Monoblack Zombies)

    Round 8: vs McVety, Max. 2-1 (Temur Marvel)

     

    Sai do torneio e fui comer uma pizza em Nashville aproveitando para conhecer a avenida principal da cidade durante a noite e que estava acontecendo uma partida de Hockey do time local. Acabei chegando no hotel quase 23h00 já exausto e fui dormir.

     

    No segundo dia eu havia verificado que eu estava na última posição do day 2 e que não havia múltiplos de 8 suficiente para os pods. Cheguei no torneio com cara de sono, mas disposto a fazer melhor que o day 1. Meu draft pod do segundo dia continha somente 7 jogadores e foi o seguinte:

     

     

    Comecei draftando cartas vermelhas e algumas poucas azuis que aparentemente estava aberto, mas a partir do pack 2 o jogador da minha esquerda começou a passar excelentes cartas brancas, como um Gust Walker de pick 2 e ao final do pack 2 estava definido o RW, mas só faltava um pouco mais de consistência. No pack 3 eu recebi um Trial of Zeal de pick 4 e 2 Honored Crop-Captain de pick 5 e 6. Ao fim, o deck estava consistente e bastante sinérgico. 

     

     

    Round 9 acabei pegando uma partida complicada, pois o deck do meu oponente era um BG com marcadores -1/-1 com Hapatra, Vizier of Poisons e Decimator Beetle que parava basicamente meu deck inteiro, mas consegui em um game fazer uma mesa considerável e bater mais de 30 em um turno. Round 10 acabei pegando o cara da mesa que pegou o bye e não tinha testado o deck ainda, um UR Spells, e acabei vencendo fácil por 2-0. Round 11 enfrentei o Brian Braun-Duin em uma partida tensa onde os decks estavam bem parecidos e ganhei um jogo apertado de 2-1.

     

    Round 9: vs Sullano, Andrew. 2-1 (BG Hapatra)

    Round 10: vs Knorr, Jackson. 2-0 (UR Spells)

    Round 11: vs Braun-Duin, Brian. 2-1 (RG Monsters)

     

    Fui para as rodadas de Standard confiante devido ao 3-0 no draft, mas sem muita vontade de jogar contra Zombies. Nesse momento eu estava 7-4 e comentei com algumas pessoas que estava indo jogar uma liga competitiva no Magic Online IRL, pois só premiaria algo se conseguisse um 5-0 ou 4-1 me colocando na zona de premiação e dando uma vaga para o Pro Tour Hour of Devastation em Kyoto, Japão.

     

    Round 12 enfrentei uma mirror de Mardu Vehicles e consegui ganhar jogos apertados. Round 13 enfrentei um Marvel e consegui vencer antes que meu oponente conseguisse dizimar minha mesa e deck com o Ulamog. Abri 5-0 no day 2 e com a obrigação de vencer no mínimo 2 das 3 partidas seguintes. Porém, no Round 14 meu oponente de Marvel fez Ulamog no turno 4 em ambos os jogos e eu tive saídas lentas. Round 15 enfrentei um Zombies e fui zumbificado. #OSonhoAcabou e eu fui para o Round 16 somente para disputar 2 Pro Points, mas foi uma mirror de Mardu Vehicles em que meu oponente fez o Gideon, Ally of Zendikar dele e eu sequer cavei o meu.

     

    Round 12: vs Oono, Seita. 2-1 (Mardu Vehicles)                       

    Round 13: vs Moughon, Evart. 2-0 (Temur Marvel)

    Round 14: vs Gerschenson, Immanuel. 0-2 (Temur Marvel)

    Round 15: vs Weitz, Benjamin. 0-2 (Monoblack Zombies)

    Round 16: vs Aguilera, Ryder. 0-2 (Mardu Vehicles)

     

     

    Resultado final 9-7, o que me rendeu a 130ª colocação. Entretanto, não sai de lá triste e/ou estressado. Afinal, tive a oportunidade que poucos brasileiros tem de ir jogar um torneio desse nível e que o meu objetivo era fazer Day 2. No dia seguinte fui ao evento retirar os meus boosters e assistir a final, a qual estava torcendo por Gerry Thompson e saí de lá mais feliz ainda!

     

     

    Agora o que me resta é tentar o “Back to the Pro Tour”, pois ainda tenho no dia 11/06 o RPTQ Hour of Devastation no formato selado como um Last Chance Qualifier para Kyoto e espero a torcida de vocês. Mas enquanto isso...

     

     

     #PartiuOrlando!

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